03/07/06

Descartáveis


Vivemos verdadeiramente numa sociedade de consumo sem ter sido necessário passar por uma “Revolução industrial”. Um dos apanágios dela é usar e deitar fora. Ao contrário do que se possa pensar isto não é válido só para os objectos ou para as máquinas. Com as pessoas passa-se o mesmo senão vejamos o que está prestes a acontecer com os professores. O Público de hoje diz;
“Ministério da Educação deverá apresentar hoje aos sindicatos dos professores uma proposta de projecto de lei que prevê a integração noutros serviços da administração pública dos cerca de 2500 docentes aptos a trabalhar mas incapacitados de dar aulas por questões de saúde.
A proposta prevê que, já no próximo ano lectivo, os docentes aptos para trabalhar mas declarados incapacitados para dar aulas terão de indicar às escolas as carreiras da função pública para onde gostariam de ir, informação que os estabelecimentos de ensino fornecem aos serviços do Ministério da Educação.Mas cabe aos serviços da Administração Pública decidir se aceitam ou não o docente, abrindo para o efeito um lugar que se extingue automaticamente quando o ex-professor sair.Caso os serviços considerem que não se justifica abrir a vaga, o professor passa à reforma por incapacidade.Para os professores impedidos de dar aulas devido a doenças oncológicas ou degenerativas, que representam cerca de dez por cento do total daquele grupo, a escolha de uma nova carreira da função pública é opcional, podendo continuar a trabalhar na escola.”
Quanto toca a questões de economia até os professores são descartáveis

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