22/07/06

Viagens de cá - na Rota do Românico

Igreja São Salvador de Bravães

É um dos mais significativos monumentos românicos pela existentes em Portugal. Tal como hoje se apresenta, deverá datar do séc. XIII, embora reutilize elementos anteriores.



20/07/06

Viagens de cá - O Alto Minho


A natureza



LOBBIES...


Não sou muito interessada por desporto. O futebol não me agrada no entanto, quando há jogos internacionais em que Portugal entra e defronta equipes importantes até gosto de ver. Há porém um desporto que sempre me atraiu como espectadora (na televisão) ou em tempos idos como ouvinte ( no rádio), o hóquei em patins. Não sei porquê mas gosto. Portugal tem um passado bastante agradável nesta modalidade. Nos dias de hoje continua a frequentar campeonatos internacionais. Está agora a disputar o Campeonato Europeu. A RTP na 2 transmite os jogos como que a medo. Na comunicação social escrita as referências aos jogos, aos resultados ( Portugal está à frente neste momento e vai jogar hoje os quartos de final) não fazem os títulos nem artigos. No Público de hoje há uma pequena notícia (pag.38, Desporto) sobre o campeonato europeu mas para referir uma polémica concernente à Itália.
Será que os hoquistas não estão a defender e, pelos vistos bem, o nome de Portugal no estrangeiro? Porque é que o futebol tem direito a louvores a aplausos que roçam o patético e as outras modalidades, mesmo em situação prestigiante para o país são esquecidas?

A maldição dos exames

Hoje o Público noticia que “Portugueses ganham medalhas de bronze nas Olimpíadas da Física “. O mesmo jornal no dia 17 referia : “Portugal com três medalhas nas Olimpíadas Internacionais de Matemática”.
Talvez não esteja tudo tão mal na educação como nos quer fazer crer a Dra
Maria de Lurdes Rodrigues. No momento em que escrevo este post a Sra. Ministra estará muito provavelmente no Parlamento confrontada com um pedido “irrecusável “ para esclarecer os deputados do que se passou nos exames de Física e de Química e de como procurou resolver a situação.
Se o esclarecimento na Assembleia for igual àquele que a Sra. Ministra deu ontem num canal de televisão de nada servirá. A Sra. Ministra fala de mansinho, de uma forma contínua, encadeada, sem ênfase e, se fala por muito tempo, acaba por fazer desconcentrar de si a atenção dos ouvintes. E afinal o que disse na Sra. Ministra? Não respondeu directamente às perguntas. Repetiu várias vezes que não houve erro nas provas e que o assunto é controverso!!! Referiu que catedráticos dessas disciplinas têm opiniões diferentes. Se é assim então Sra. Ministra os exames estão mal feitos pois a matéria de exame não pode ser controversa sob pena de lesar os alunos.
Sra. Ministra que a par de um novo e rigoroso sistema de avaliação para os professores está na altura de criar estruturas para avaliar os vários serviços do ministério de educação desde a base até ao topo chegando à própria Ministra

18/07/06

Hoje é dia de festa



Para Ariel no dia do seu oitavo aniversário

17/07/06

Ariel


A partir de hoje este blog vai passar a ficar enriquecido com uma participação eventual.
Trata-se de um novo personagem a Ariel. Tem oito anos e, se a mitologia permitir, é neta da Nereide.

O rio e o mar.

Quando o vento sopra as folhas voam em direcções diferentes.
A primeira vai para o norte e a segunda vai para o sul.
Elas eram umas verdadeiras inimigas, estavam sempre a discutir
e a dizer mal uma da outra.
A do sul era mais forte do que a do norte.
Um dia a folha do mar voou para o rio e a folha do rio voou para o mar.
E ambas viram que gostavam dos seus lares.
Ficaram as duas amigas e a dizer bem uma da outra.

15/07/06

Fellini sempre

Esta é a história de um realizador em crise de criatividade pressionado por uma entourage sempre pronta a explorar o seu trabalho. Esta crise de criatividade exprime-se de uma forma onírica e até algo delirante. A falta de criatividade do “realizador” é superada pelo excesso de imaginação de Fellini. As personagens do filme podem reduzir-se a uma o realizador interpretado por Marcelo Mastroiani. As outras personagens não são mais do que suportes da acção do protagonista, são meros figurantes. Fazem lembrar o coro das tragédias gregas. A beleza traduz-se na utilização do preto e branco, no cuidado e na imaginação postos nos figurinos e na escolha da música. A música dos filmes de Fellini tem uma magia especial e única. Fellini acaba sempre por transpor para os seus filmes algo de um ambiente circense que lhe deveria ser muito caro.
O filme é longo e o seu visionamento torna-se um verdadeiro manancial de prazer. Apesar de tudo este não é o filme de que mais gosto mas é um Fellini e isso diz tudo.
Já não há Fellini, nem Mastroiani. Abençoadas tecnologias modernas que nos permitem rever sempre que queremos os filmes da nossa vida.

09/07/06

Repito e agora?


O e agora? do post anterior não é mera divagação ou brincadeira. Interrogo-mo seriamente sobre o que irá acontecer agora. O mundial de futebol foi o pretexto para uma anestesia profunda do país por parte dos meios de comunicação e quiçá aproveitada pelos governantes. Os media não se limitaram à transmissão dos jogos e dos seus preparativos mais próximos. Foi o fabrico de “reportagens” na Alemanha, nas comunidades portuguesas, nos locais de nascimento dos jogadores e em todos os locais mesmo os mais inimagináveis. Nas reportagens de rua as perguntas eram sempre as mesmas e sem qualquer interesse. O país andou entretido, agradado e até orgulhoso. Ficámos no quarto lugar foi bom, é de louvar mas não é mais do que isso. O país está na mesma, com os mesmos problemas e não foi, nem será o futebol que os vai resolver. Talvez se pudesse partir desta situação de entusiasmo para reflectir sobre o que é facto necessário fazer.

E agora ?

Já acabou o Mundial para os portugueses

e também desânimo


e agora que fazer nesta "silly season"?


03/07/06

O prazer da escrita


Porque será que a compra de material de escrita me dá tanto prazer? Sempre que passso por uma papelaria preciso de conter-me para não comprar cantas, blocos pequenos cadernos dos mais variados feitios e dimensões. Mas têm que ser lisos. Não gosto de linhas e muito menos de quadriculado. Quando começo a escrever num papel pautado sinto, de imediato, uma certa castração. Parece um espartilho dentro do qual não sei bem o que fazer. Não há nada de mais motivante para a escrita do que uma folha de papel totalmente em branco.
Brisa do dia
Porque escrever é para mim pensar.
Sei lá bem onde vou dar quando começo a escrever.
Vou escrevendo e as coisas vêm vindo ao de cima no desenho das palavras.
Virgílo Ferreira

Descartáveis


Vivemos verdadeiramente numa sociedade de consumo sem ter sido necessário passar por uma “Revolução industrial”. Um dos apanágios dela é usar e deitar fora. Ao contrário do que se possa pensar isto não é válido só para os objectos ou para as máquinas. Com as pessoas passa-se o mesmo senão vejamos o que está prestes a acontecer com os professores. O Público de hoje diz;
“Ministério da Educação deverá apresentar hoje aos sindicatos dos professores uma proposta de projecto de lei que prevê a integração noutros serviços da administração pública dos cerca de 2500 docentes aptos a trabalhar mas incapacitados de dar aulas por questões de saúde.
A proposta prevê que, já no próximo ano lectivo, os docentes aptos para trabalhar mas declarados incapacitados para dar aulas terão de indicar às escolas as carreiras da função pública para onde gostariam de ir, informação que os estabelecimentos de ensino fornecem aos serviços do Ministério da Educação.Mas cabe aos serviços da Administração Pública decidir se aceitam ou não o docente, abrindo para o efeito um lugar que se extingue automaticamente quando o ex-professor sair.Caso os serviços considerem que não se justifica abrir a vaga, o professor passa à reforma por incapacidade.Para os professores impedidos de dar aulas devido a doenças oncológicas ou degenerativas, que representam cerca de dez por cento do total daquele grupo, a escolha de uma nova carreira da função pública é opcional, podendo continuar a trabalhar na escola.”
Quanto toca a questões de economia até os professores são descartáveis

01/07/06

Àqueles que comem os figos… pode rebentar a boca…

Efabulação sobre uma notícia ouvida em surdina no café
Hoje pela manhã no café ouvi uma história que mais parecia uma invenção. Acabava de entrar uma senhora com um saco com figos. Uma amiga interpelou-a.: – Tens a certeza de que não são dos tais? Ela riu e disse que não que eram de confiança. Fiquei intrigada. Felizmente continuaram a conversa e vim a saber que numa vila aqui próxima se tinha verificado uma ocorrência fora do vulgar. Um homem tinha um quintal com figueiras e todos os anos passava os Verões revoltado porque lhe roubavam os figos ( não sei se pessoas ou pássaros). Este ano ia ser diferente já pensara o que iria fazer. Mal os figos se apresentaram com um ar apetitoso tratou de aplicar-lhes injecções de raticida. Só que se esqueceu que os seus familiares também gostavam de figos. E lá foi o genro do homem de urgência para o hospital.