23/02/07

Zeca Afonso


Uma das referências de esperança na frustração do país da minha juventude.

20/02/07

A literacia - menos uma esperança

Os devoradores de livros

O cabeçalho desta notícia do Público (de 19/2) poderia ser bastante animadora. Num país como Portugal, com elevados níveis de iliteracia encontrar quem se sinta tão motivado para a leitura é de louvar. Mas ainda não é desta que deixamos de engrossar as estatísticas da iliteracia.

Continuando a ler a notícia verificámos que não se tratava de leitores compulsivos mas de insectos comilões.
O escaravelho de alcatifa (anthrenus verbasci) está infestar os livros raros da Biblioteca Nacional.
A boa notícia é que a "praga" está a ser dizimada, por asfixia.


18/02/07

Ano do porco

O ano do porco começa hoje


Poema da semana


UM CARNAVAL

Vem ao baile vem ao baile
Pelo braço ou pelo nariz
Vem ao baile vem ao baile
E vais ver como te ris

Deixa a tristeza roer
As unhas de desespero
Deixa a verdade e o erro
Deixa tudo vem beber

Vem ao baile das palavras
Que se beijam desenlaçam
Palavras que ficam passam
Como a chuva nas vidraças

Vem ao baile oh tens de vir
E perder-te nos espelhos
Há outros muito mais velhos
Que ainda sabem sorrir

Vem ao baile da loucura
Vem desfazer-te do corpo
E quando caíres de borco
A tua alma é mais pura

Vem ao baile vem ao baile
Pelo chão e pelo ar
Vem ao baile baile baile
E vais ver o que é bailar

Alexandre O’Neill

13/02/07

Esta semana

A despeito da chuva crescem as flores da liberdade

07/02/07



“ O sonhador não é superior ao homem activo porque o sonho seja superior à realidade. A superioridade do sonhador consiste em que sonhar é muito mais prático que viver, e em que o sonhador extrai da vida um prazer muito mais vasto e muito mais variado do que o homem de acção. Em melhores e mais directas palavras, o sonhador é que é o homem de acção.”

Fernando Pessoa

01/02/07

O referendo


Estamos em plena campanha pela despenalização da interrupção voluntária da gravidez. Penso já estar suficientemente esclarecida por isso não tenho prestado grande atenção à campanha na imprensa, na rádio ou mesmo na televisão.
Mesmo assim sempre vou ouvindo alguns depoimentos. Deparei-me então com uma situação assaz bizarra. Há partidários do sim, há partidários do não e há uns outros que, por não verem o seu caso devidamente contemplado serão “obrigados” a votar não. São aqueles que dizem que defendem a despenalização mas não a legalização. Acham (agora) que a pergunta do refendo não está bem feita e por isso votam não.
Deste modo proponho não uma pergunta diferente mas a possibilidade de serem dadas três respostas no dia 11: SIM, NÃO E NIM