08/10/07

Os voos da imaginação



Um dia destes quando estava no café vi aproximar-se um casal jovem. Ela estava grávida (de pouco tempo), ele conduzia um carinho de bebé. De bebé não havia sinal, a não ser daquele que ainda se encontrava na barriga da mãe. Soltei a minha imaginação e comecei a questionar-me. Para que seria o carrinho? Será que existia uma outra criança, já nascida? Onde estaria? Teria sido deixada no hotel ,quiçá sozinha a dormir ( não seria a primeira nem provavelmente a última)? Ou seria apenas uma forma de os pais se habituarem aos seus futuros passeios após o nascimento do rebento? Poderia ainda imaginar outras situações mas parei por aqui e voltei a mergulhar na leitura dos jornais. Talvez mais tarde voltasse a este tema.
Entretanto o casal, que tinha entrado no café, saiu e rumou em direcção à praia. Quando olhei novamente é que vi que uma mulher, com uma criança ao colo se aproximava de ambos e que a futura (afinal) actual mãe a segurou nos braços fazendo-lhe festas e levando-a consigo.
Senti-me defraudada, a possibilidade de uma história mais imaginativa desvanecia-se. Estava simplesmente perante uma rotineira ida à praia de um casal com um filho e à espera de outro.