15/06/07

Dia de Portugal ( atrasado)

foi um dos dias escolhidos para dinamizar a candidatura de Sagres a integrar as"7 Maravilhas de Portugal".




Nos passados dias 9 e 10 de Junho realizaram-se na fortaleza de Sagres várias actividades tais como: Cortejos históricos; palestras, feira medieval. Esta última tinha mais de renascentista do que medieval.









Estava também anunciada a “chegada do Infante D. Henrique” que provavelmente terá chegado não sei se vindo do mar ou da terra.
A noite do dia 10 terminou com um concerto do grupo lusófono Sons da fala e logo seguido pelo infalível fogo de artifício.



«Então, lá onde declina a luz sideral, emerge altaneiro o cabo Cinético, ponto extremo da rica Europa, e entra pelas águas salgadas do Oceano povoado de monstros»
Assim se refere Avieno ao cabo de Sagres no século IV d.C. A privilegiada situação geográfica tornou-se estratégica e terá justificado a doação da povoação ao Infante D. Henrique em 1443.
Considero pois que Sagres tem condições para ser considerada uma das 7 maravilhas de Portugal



Comentário muito pessoal


O infante D. Henrique foi uma figura que nunca me agradou. Criei-lhe uma espécie de animosidade. Talvez porque no meu ensino básico se fizeram as Comemorações Henriquinas(1960) e tudo versava à volta do Infante. Acho que enjoei. Mas não foi só o Infante , a cadeira de História da Expansão Portuguesa” que tive na Faculdade de Letras alguns anos mais tarde também não teve melhor fado. Nela se dava primazia às técnicas náuticas utilizadas assim como à necessidade de memorizarmos as descobertas e conquistas juntamente com as datas em que se tinham realizado. Estes factores criaram em mim uma relutância natural por tudo o que se relacionava com a “expansão”.

Só mais tarde quando eu própria comecei a dar aulas senti necessidade de estudar verdadeiramente o assunto e a animosidade foi-se dissipando.

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