algarb-sacrum
08/06/08
O mar
Vejo passar os barcos pelo mar,
As velas, como asas do que vejo
Trazem-me um vago e íntimo desejo
De ser quem fui, sem eu saber que foi.
Por isso tudo o meu ser lar,
e, porque o lembra, quanto sou me dói.
Fernando Pessoa
1932
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