Teimosia!!!
28/11/08
Avaliação de professores - a saga continua
Teimosia!!!
09/11/08
O pior cego é o que não quer ver
07/11/08
O LABIRINTO DA EDUCAÇÃO
Eu ,que também já fui professora e ,se estivesse no activo, não deixaria de participar. Seria uma forma de mostrar à opinião pública a situação em que se encontram os professores e o ensino.
Tenho seguido com interesse e apreensão o que se está a passar no ensino. Considero os principais problemas os que vou seguidamente apresentar:
· O desrespeito com que os professores têm sido pela tutela;
· As dificuldades crescentes de que se tem rodeado a prática educativa nas escolas;
· O novo processo de avaliação que não foi aferida e que prejudica o trabalho com os alunos;
· A insegurança que existe nas escolas, chegando a por em perigo a integridade moral e até física dos docentes;
· A política educativa definida pelo ministério e traduzida em exames e rankings que pretendem forjar um sucesso imediato impossível em educação.
Tenho pouca esperança de que a manifestação modifique uma linha que seja da “política educativa” e da “conduta do Ministério da Educação”. Mesmo assim acho que vai valer a pena com grito de revolta de um grupo profissional que tem vindo a ser desprestigiado junto da opinião pública, pasme-se, pela própria tutela.
As reformas do ensino fazem-se com os professores e não contra eles.
05/11/08
ELEIÇÕES AMERICANAS
14/10/08
A reforma dos professores
Só em Novembro, serão 710 os professores que se vão aposentar. Muitos docentes pedem a antecipação da reforma mesmo sendo penalizados. ... Jornal de Notícias
Alentejo: Aumenta o número de professores interessados na reforma Voz Da Planicie
"desvalorização completa da função de professor". ...
Notícias da imprensa nos dias 13 e 14 de Outubro
12/10/08
A CRISE
Em 1929
05/10/08
14/09/08
11/09/08
Vamos para férias!!!
Rumo à Dinamarca
20/07/08
29/06/08
As melhores da semana no" país do faz de conta"
Desespero controlado
Sossega coração! Não desesperes!
Talvez um dia, para além dos dias,
Encontres o que queres porque o queres.
Então, livre de falsas nostalgias,
Atingirás a perfeição de seres.
Mas pobre sonho o que só quer não tê-lo
Pobre esperança a de existir somente!
Como quem passa a mão pelo cabelo
E em si mesmo se sente diferente.
Como faz mal ao sonho o concebê-lo!
Sossega, coração, contudo ! Dorme!
O sossego não quer razão sem causa.
Quer só a noite plácida e enorme,
A grande, universal, solene pausa
Antes que tudo em tudo se transforme.
Fernando Pessoa
2-8-1933
13/06/08
No dia de aniversário
Tenho dó das estrelas
Luzindo há tanto tempo,
Há tanto tempo…
Tenho dó delas.
Não haverá cansaço
Das coisas,
De todas as coisas,
Como das pernas ou de um braço?
Um cansaço de existir,
De ser,
Só de ser,
O ser triste brilhar ou sorrir…
Não haverá, enfim
Para as coisas que são,
Não a morte, mas sim
Uma outra espécie de fim,
Ou uma grande razão_
Qualquer coisa assim
Como um perdão?
Fernando Pessoa
09/06/08
Liberdade
Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa…
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças…
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar seca.
O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca…
Fernando Pessoa
16/3/1935
08/06/08
O mar
06/06/08
Noite
Um muro de nuvens densas
Põe na base do ocidente
Negras roxuras pretensas
Com a noite tudo acaba.
O céu frio é transparente.
Nada de chuva desaba.
E não sei se tenho pena
Ou alegria da ausente
Chuva e da noite serena.
De resto, nunca sei nada.
Minha alma é a sombra presente
De uma presença passada.
Meus sentimentos são rastros.
Só meu pensamento sente…
A noite esfria-se de astros.
Fernando Pessoa
18/6/1929
04/06/08
Paisagens
Paisagens, quero-as comigo.
Paisagens, quadros que são…
Ondular louro do trigo,
Faróis de sóis que sigo,
Céu mau, juncos, solidão…
Paisagens, todas pintadas
Umas pela mão de Deus,
Outras pelas mãos das fadas,
Outras por acasos meus,
Outraspor lembranças dadas…
Paisagens…Recordações,
Porque at+r o que se vê
Com primeiras impressões
Algures foi o que é,
No ciclo das sensações.
Paisagens…Enfim, o teor
Da que está aqui é a rua
Onde ao sol bom do torpor
Que na alma se me insinua
Não vejo nada melhor
Fernando Pessoa
8/3/1931
03/06/08
Outono
No entardecer da terra
O sopro do longo Outono
Amareleceu o chão.
Um vago vento erra,
Como um sonho mau num sono,
Na lívida solidão.
Soergue as folhas, e pousa
As folhas, e volve, e revolve,
E esvai-se inda outra vez.
Mas a folha não repousa,
E o vento lívido volve
E expira na lividez,
Eu já não sou quem era;
O que eu sonhei, morri-o;
E até do que hoje sou
Amanhã direi, quem dera
Voltei a sê-lo!…Mais frio
O vento vago voltou.
Fernando Pessoa
12-1924
02/06/08
Vida
Aqui na orla da praia, mudo e contente do mar,
Sem nada já que me atraia, nem nada que desejar
Farei um sonho, terei um dia, fecharei a vida,
E n, pois dormirei de seguida.
A vida é como uma sombra que passa por sobre um rio
Ou como um passo na alfombra de um quarto que jaz vazio;
O amor é sono que chega para o pouco ser que se é;
A glória concede e nega; não tem verdade nem fé.
Por isso na orla morena da praia calada e só,
Tenho a alma feita pequena livre de mágoa de dó;
Sonho sem quase já ser. Perco sem nunca ter tido,
E comecei a morrer muito antes de ter vivido.
Dêem-me; onde aqui jazo. Só uma brisa que passe,
Não quero nada do acaso, senão a brisa na face;
Dêem-me um vago amor de quanto nunca terei,
Não quero gozo nem dor, não quero vida nem lei.
Só, no silêncio cercado pelo som brusco do mar,
Quero dormir sossegado, sem nada que desejar,
Quero dormir na distância de um ser que nunca foi seu,
Tocado do ar sem fragrância da brisa de qualquer céu
Fernando Pessoa
10-8-1929
01/06/08
Fernando Pessoa
Quando as crianças brincam
E eu as oiço brincar,
Qualquer coisa em minha alma
Começa a se alegrar
E toda aquela infância
Que não tive me vem,
Numa onda de alegria
Que não foi de ninguém.
Se quem fui é enigma,
E quem serei visão,
Quem sou ao menos sinta
Isto no coração
F. Pessoa
5-9-1933
DIA MUNDIAL DA CRIANÇA
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA
Princípio 1.º
A criança gozará dos direitos enunciados nesta Declaração. Estes direitos serão reconhecidos a todas as crianças sem discriminação alguma, independentemente de qualquer consideração de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou outra da criança, ou da sua família, da sua origem nacional ou social, fortuna, nascimento ou de qualquer outra situação.
Princípio 2.º
A criança gozará de uma protecção especial e beneficiará de oportunidades e serviços dispensados pela lei e outros meios, para que possa desenvolver-se física, intelectual, moral, espiritual e socialmente de forma saudável e normal, assim como em condições de liberdade e dignidade. Ao promulgar leis com este fim, a consideração fundamental a que se atenderá será o interesse superior da criança.
Princípio 3.º
A criança tem direito desde o nascimento a um nome e a uma nacionalidade.
Princípio 4.º
A criança deve beneficiar da segurança social. Tem direito a crescer e a desenvolver-se com boa saúde; para este fim, deverão proporcionar-se quer à criança quer à sua mãe cuidados especiais, designadamente, tratamento pré e pós-natal. A criança tem direito a uma adequada alimentação, habitação, recreio e cuidados médicos.
Princípio 5.º
A criança mental e físicamente deficiente ou que sofra de alguma diminuição social, deve beneficiar de tratamento, da educação e dos cuidados especiais requeridos pela sua particular condição.
Princípio 6.º
A criança precisa de amor e compreensão para o pleno e harmonioso desenvolvimento da sua personalidade. Na medida do possível, deverá crescer com os cuidados e sob a responsabilidade dos seus pais e, em qualquer caso, num ambiente de afecto e segurança moral e material; salvo em circunstâncias excepcionais, a criança de tenra idade não deve ser separada da sua mãe. A sociedade e as autoridades públicas têm o dever de cuidar especialmente das crianças sem família e das que careçam de meios de subsistência. Para a manutenção dos filhos de famílias numerosas é conveniente a atribuição de subsídios estatais ou outra assistência.
Princípio 7.º
A criança tem direito à educação, que deve ser gratuita e obrigatória, pelo menos nos graus elementares. Deve ser-lhe ministrada uma educação que promova a sua cultura e lhe permita, em condições de igualdade de oportunidades, desenvolver as suas aptidões mentais, o seu sentido de responsabilidade moral e social e tornar-se um membro útil à sociedade.O interesse superior da criança deve ser o princípio directivo de quem tem a responsabilidade da sua educação e orientação, responsabilidade essa que cabe, em primeiro lugar, aos seus pais.A criança deve ter plena oportunidade para brincar e para se dedicar a actividades recreativas, que devem ser orientados para os mesmos objectivos da educação; a sociedade e as autoridades públicas deverão esforçar-se por promover o gozo destes direitos.
Princípio 8.º
A criança deve, em todas as circunstâncias, ser das primeiras a beneficiar de protecção e socorro.
Princípio 9.º
A criança deve ser protegida contra todas as formas de abandono, crueldade e exploração, e não deverá ser objecto de qualquer tipo de tráfico. A criança não deverá ser admitida ao emprego antes de uma idade mínima adequada, e em caso algum será permitido que se dedique a uma ocupação ou emprego que possa prejudicar a sua saúde e impedir o seu desenvolvimento físico, mental e moral.
Princípio 10.º
A criança deve ser protegida contra as práticas que possam fomentar a discriminação racial, religiosa ou de qualquer outra natureza. Deve ser educada num espírito de compreensão, tolerância, amizade entre os povos, paz e fraternidade universal, e com plena consciência de que deve devotar as suas energias e aptidões ao serviço dos seus semelhantes.
23/05/08
21/05/08
Estados de alma
Meus pensamentos de mágoa,
Como , no sono dos ventos,
As algas, cabelos lentos
Do corpo morto das águas.
Bóiam como folhas mortas
À tona de águas paradas.
São coisas vestindo nadas,
Pós remoinhando nas portas
Das casas abandonadas.
Sono de ser, sem remédio,
Vestígio do que não foi,
Leve mágoa, breve tédio,
Não sei se pára, se flui;
Não sei se existe ou se dói
Fernando Pessoa , Cancioneiro
19/05/08
16/05/08
O pagador de promessas
No ecrã surgiu um homem que descreveu a actividade a que se dedica. A sua “ocupação profissional” consiste em pagar promessas de outros que, por sua vez lhe pagam para o fazer.
Hoje em dia os problemas rotineiros podem ser facilmente resolvidos. Podemos comprar comida feita, podemos contratar uma empresa para as limpezas domésticas, podemos ver filmes em casa e muitas outras das nossas necessidades são resolvidas por outrem a quem pagamos. Temos a vida facilitada, desde que tenhamos dinheiro.
Nestes serviços disponibilizados pela sociedade aos seus membros incluem-se também ( pasme-se) prestações de carácter espiritual mas paga em dinheiro, o pagamento de promessas.
Ah Lutero, Lutero será que tinhas razão?